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FACEBOOK: VOLNEI CARLOS CHAPECÓ
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(Matéria publicada no JORNAL DIÁRIO CATARINENSE - Dia 22.03.2013 pg. 11
Dia Internacional da Água)
A água nossa de cada dia
No
mês que comemoramos a água, há que se perguntar: que água bebemos? Aquela da
propaganda da Casan ou aquela comprada no mercado a preço de gasolina?
Vivemos
a farsa do consumismo. O sistema produz a escassez para aumentar o lucro. No
entanto, surge um problema maior: a água que bebemos está apenas contaminada
por coliformes ou há contaminação por agrotóxicos também?
Há
poucos dias um programa de televisão mostrou os benefícios do recolhimento das
embalagens de agrotóxicos. No oeste catarinense, por exemplo, o montante chega
a 170 toneladas por ano. Mas ninguém questionou onde foram parar os
aproximadamente 3 milhões e 400 mil litros de VENENO que estavam dentro dos
recipientes!!!
Alguns
consumidores se preocupam pela falta de água nas torneiras. Quando ela existe o
problema passa a ser a qualidade. Por isso, a maioria dos consumidores se preocupa apenas com a turbidez, o cloro e os
coliformes da água. Mas será que a existência de resíduos tóxicos deveriam ser
medidos e publicados mensalmente nas contas de água? Assim saberíamos se a água
que bebemos vem “temperada” com agrotóxicos ou não.
É preciso
mudar hábitos com urgência para que a água, que compõe 70% do nosso organismo,
seja da maior pureza possível.
Enquanto
a consciência coletiva não vem e as ações dos fornecedores de água deixam a
desejar, vamos ouvir em silêncio um trecho da oração que Voltaire dirigiu a
Deus: “digna-te olhar com piedade os
erros ligados a nossa natureza; que esses erros não sejam causa de nossas
calamidades.”
Por fim,
almejamos a mudança de hábitos e requeremos o direito universal, completo e
irrestrito de informação sobre a qualidade da água que consumimos.
Volnei Carlos Schwaikartt
Agente de Polícia Federal em Chapecó
Especialista em Gestão em Segurança Pública
Professor de Direito Ambiental